A História da Maria Castanha
Maria Castanha é o nome da personagem principal da nossa história que
tem algo em comum com as cantanhas: a cor da pele. Esta menina, que vem
de África, descobre que ter amigos é bom e comer castanhas quentinhas
também.
Com esta história, os meninos aprenderam que é bom fazer atividades ao
ar-livre e em segurança; que existem meninos com aspeto diferente porque
têm origem em continentes diferentes; ficaram a conhecer melhor a
castanha; a estação do ano em que esta nasce - o outono; como se assam
as castanhas; os vendedores de castanhas e os utensílios próprios para
assar castanhas; e como se faz um cartucho para castanhas assadas.
Os nossos alunos gostaram tanto que, no final, até aprenderam uma canção. No fim, realizaram algumas atividades propostas.
Canção da Castanha
Uma, duas, três castanhas
Eu te vou dar.
Uma, duas três castanhas
Para brincar!
Castanhas quentinhas
Ao lume a estalar.
Nós vamos assá-las
Até nos fartar!
aqui está a história
O céu estava cinzento e quase nunca aparecia o sol, mas enquanto não chovia os meninos iam brincar para o jardim.
Um jardim muito grande e bonito, com uma grade pintada de verde toda em
volta, de modo que não havia perigo de os automóveis entrarem e
atropelaremos meninos que corriam e brincavam à vontade, de muitas
maneiras: uns andavam nos baloiços e nos escorregas, outros deitavam pão
aos patos do lago, outros metiam os pés por entre as folhas secas e
faziam-nas estalar – crac,crac – debaixo das botas, outros corriam de
braços abertos atrás dos pombos, que se levantavam e fugiam, também de
asas abertas.
Era bom ir ao jardim. E mesmo sem haver sol, os
meninos sentiam os pés quentinhos e ficavam com as bochechas encarnadas
de tanto correr e saltar.
Uma vez apareceu no jardim uma menina
diferente: não tinha bochechas encarnadas, mas uma carinha redonda,
castanha, com dois grandes olhos escuros e brilhantes.
- Como te chamas? – perguntaram-lhe.
- Maria. Às vezes chamam-me Maria Castanha .
- Que engraçado, Maria Castanha! Queres brincar?
- Quero.
- Maria. Às vezes chamam-me Maria Castanha .
- Que engraçado, Maria Castanha! Queres brincar?
- Quero.
Foram brincar ao jogo do apanhar. A Maria Castanha corria mais do que todos.
- Quem me apanha? Ninguém me apanha!
- Ninguém apanha a Maria Castanha!
- Ninguém apanha a Maria Castanha!
Ela corria tanto. Corria tanto que nem viu o carrinho do vendedor de
castanhas que estava à porta do jardim, e foi de encontro a ele.
Pimba! O saco das castanhas caiu e espalhou-as todas à reboleta pelo chão.
A Maria Castanha caiu também e ficou sentada no meio das castanhas.
- Ah. Minha atrevida! – gritou o vendedor de castanhas todo zangado.
- Foi sem querer – explicaram os outros meninos.
- Eu ajudo a apanhar tudo – disse Maria Castanha, de joelhos a apanhar as castanhas caídas.
- Foi sem querer – explicaram os outros meninos.
- Eu ajudo a apanhar tudo – disse Maria Castanha, de joelhos a apanhar as castanhas caídas.
E os outros ajudaram também. Pronto. Ficaram as castanhas apanhadas num instante.
- onde estão os teus pais? – perguntou o vendedor de castanhas à Maria Castanha.
- Foram à procura de emprego.
- E tu?
- Vinha à procura de amigos.
- Já encontraste: nós somos teus amigos – disseram os meninos.
- Eu também sou – disse o vendedor de castanhas.
- Foram à procura de emprego.
- E tu?
- Vinha à procura de amigos.
- Já encontraste: nós somos teus amigos – disseram os meninos.
- Eu também sou – disse o vendedor de castanhas.
E pôs as mãos nos cabelos da Maria Castanha, que eram frisados e fofinhos como a lã dos carneirinhos novos. Depois, disse:
- Quando os amigos se encontram é costume fazer uma festa. Vamos fazer uma festa de castanhas. Gostam de castanhas?
- Gostamos! Gostamos! – gritaram os meninos.
- Não sei. Nunca comi castanhas, na minha terra não há – disse Maria Castanha.
- Pois vais saber como é bom.
- Gostamos! Gostamos! – gritaram os meninos.
- Não sei. Nunca comi castanhas, na minha terra não há – disse Maria Castanha.
- Pois vais saber como é bom.
E o vendedor deitou castanhas e sal dentro do assador e pô-lo em cima do lume. Dali a pouco as castanhas estalavam… Tau! Tau!
- Ai, são tiros? – assustou-se a Maria Castanha, porque vinha de uma terra onde havia guerra.
- Não tenhas medo. São castanhas a estalar com o calor.
- Não tenhas medo. São castanhas a estalar com o calor.
Do assador subiu um fumozinho azul-claro a cheirar bem. E azuis eram
agora as castanhas assadas e muito quentes que o vendedor deu à Maria
Castanha e aos seus amigos.
- É bom é – ria-se Maria Castanha a trincar as castanhas assadas.
- Se me queres ajudar podes comer castanhas todos os dias. Sabes fazer cartuchos de papel?
- Se me queres ajudar podes comer castanhas todos os dias. Sabes fazer cartuchos de papel?
A Maria Castanha não sabia mas aprendeu. É ela quem enrola o papel de
jornal para fazer os cartuchinhos onde o vendedor mete as castanhas que
vende aos fregueses à porta do jardim.
proposta para fazer em casa
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